CarlWeiss

Então , faz algum tempo eu li esse " gente feliz não enche o saco " , e confesso que isso me fez refletir bastante .
Em primeiro lugar é complexo definir a felicidade .
Ela é relativa , e depende de coisas que por vezes não estão ao nosso alcance .
Ter as contas todas pagas , um reserva financeira para qualquer eventualidade , um bom plano de saúde , um grande amor , uma familia que você possa contar para aqueles momentos mais difíceis , amigos para poder conversar sobre amenidades , etc é algo que certamente conduz qualquer pessoa a um estado de felicidade .
Isso tudo pode mudar , as coisas podem mudar e não existe como ficar imune as mudanças .
Nesse ponto , eu até vejo essa questão de mundanças como algo bacana , pois do contrário , entendo que seria um tédio .
Faz sentido que gente feliz não enche o saco , não importuna , não entra onde não é chamado , não age de forma torpe , desleal , suja , baixa , etc ...
Já faz algum tempo que frequento este espaço , e resolvi hoje pedir desculpas a todo aquele que por algum instante , me comportei como um " enche o saco " ...

Gaza me fez entender coisas que eu já sabia, mas não tinha noção da força e nem do tamanho: o dinheiro manda, desmanda, intimida e cala.
Nosso planeta tem donos.
Gaza me tornou profundamente decepcionado com pessoas que eu admirava, amigos inclusive.
Me abriu os olhos à força para coisas que eu não queria ver.
Com garrinhas de metal nas pálpebras, estilo Laranja Mecânica.
Afinal, nunca tivemos um genocídio transmitido ao vivo, diariamente.
Algo impossível de desver.
Mães chorando a morte dos filhos, aos milhares.
Crianças com suas perninhas sendo amputadas.
A menina de 6 anos carregando o irmãozinho ferido nas costas.
Crianças sendo operadas sem anestesia.
Grávidas passando fome.
E uma infinidade cenas indizíveis, transbordando crueldade.
Anestesiados, tudo o que conseguimos fazer é mover o dedão e rolar o feed.
Próximo assunto.
Gaza tornou a humanidade um pouco mais desumana.
Não há no mundo pessoa, instituição, jornal, canal de tv e internet, blog, influencer, empresa, que não tenha, em algum momento, se refreado de criticar ou mesmo comentar sobre o assunto, tamanha a pressão invisível que existe no ar.
Um exemplo disso é o fato que em todas as análises sobre a eleições norte-americanas, quase ninguém fala sobre o real motivo da vitória de Trump: Gaza.
O silêncio de Kamala sobre essa questão, mesmo quando pressionada a se posicionar, os 5 vetos dos EUA na ONU em todas as tentativas de sessar fogo e o envio de 18 bilhões de dólares à Israel por Biden fez os jovens americanos se recusarem a sair de casa para votar.
A eleição teve recordes de abstenção, em votos que seriam importantíssimos para os democratas.
E os trumpistas votaram em massa.
O jornal The Guardian prova essa teoria, com detalhes, mostrando que Trump venceu até em locais onde Biden ganhou de lavada em 2020.
Norte-americanos conscientes se envergonham do que o país fez no último ano, enviando toneladas de armamentos e dólares para financiar um massacre.
Gaza me fez perder o pouco de esperança que eu tinha na humanidade.
A eleição de Trump e a influência fascista de Musk terminaram o serviço na minha decepção com os EUA.
Roma está no chão.
Também me desanimei em usar redes sociais.
O silêncio do mundo sobre o assunto é ensurdecedor.
Tão ensurdecedor quanto o barulho das bombas caindo em escolas e hospitais e o choro das mães e das crianças palestinas.

Bom dia
Vou deixar aqui um pensamento de uma brilhante atriz norte-americana sobre o mal , a maldade .
Penso eu , que seja algo importante para aqueles que igual a mim , procuram a paz , não o ódio , não a vingança , não a maldade , não ao ímpio ...
" Não, pessoal, não sejam ingênuos.
O mal nem sempre paga seu preço.
Na verdade, muitos daqueles que fazem coisas terríveis prosperam.
Você vai vê-los triunfar, vai vê-los alcançar as melhores oportunidades e colher os maiores frutos.
Esse é o mundo real, duro e cruel.
Mas, se isso for algum consolo, posso garantir uma coisa: já vi muitos vilões bem-sucedidos… mas jamais os vi em paz.”
Jodie Foster

Debates políticos deveriam ser eventos para a exposição e comparação de ideias, planos de governo e propostas para solução de problemas.
Afinal é um momento importante para ajudar a população a decidir quem irá influenciar o destino de suas cidades, estados, países.
Mas hoje são tudo menos isso.
Os debates acabaram se tornando uma extensão tête-à-tête e ao vivo da batalha sangrenta que acontece na internet.
Ofensas pessoais, injúrias, fake news, teorias da conspiração, gritos, teatro.
Tudo temperado com constante desrespeito as regras do jogo.
A direita, como sempre, é o carro chefe do baixo nível, já que basicamente existe e se mantém na base da desinformação digital.
Não sei por que as redes de notícia insistem em promover esses jogos de RPG de carne e osso.
Poderiam criar formatos que priorizassem a exposição de planos de governo e a comparação de ideias.
Como a maioria dos candidatos não tem tais itens no menu, isso seria bastante útil para desmascarar incompententes e falastrões.
Isso nos faz desconfiar que a mídia quer o MMA político.
É potencialmente mais atraente a uma população ignorante, que não está realmente interessada em ouvir ideias, e quer mais ver o pau comer.
Entretenimento.
O que nos leva à conclusão, meio óbvia, que a imprensa é parte do problema.
É bom lembrar que, em sua busca desesperada por sobrevivência, acabaram amplificando a voz de aberrações como Trump e Bolsonaro, seres que nunca deveriam ter deixado as trevas de suas cavernas.

Essas apresentações da Apple ficaram extremamente monótonas e repetitivas.
Todo ano, a mesma frase: “esse é o iPhone __, o mais avançado iPhone que já criamos.” *bocejo*
Todo ano repetem a ladainha “o mais poderoso iPhone da história”.
É meio óbvio que é o mais poderoso da história, se todo ano eles tem a obrigação de melhorar um pouco o treco.
Seria curioso se dissessem: “esse é o iPhone 16, só um pouquinho pior que o iPhone 15.”
As melhorias também contribuem para os bocejos: 15% mais rápido, 20% mais poderoso.
Quem se anima com isso?
Os celulares já são suficientemente rápidos.
A diferença prática está na velocidade do seu provedor, não no processamento.
Bom, eu não jogo “games AAA” ( mentira ) , que os apresentadores garantem que ficaram mais rápidos.
Não jogo e nem conheço quem jogue ( mentira deslavada ) .
E 15% não me parece lá motivo pra trocar de celular( mentira descarada ).
Eu sou do tempo em que um upgrade de processador da Apple fazia total diferença.
Podia nos livrar de virar a noite esperando um filme render.
Os upgrades agora não mudam absolutamente nada em sua vida.
Acho que essa apresentação de 1 hora podia durar 15 segundos:
“ Esse è o iPhone 16, tem uma lente nova e um botãozinho extra pra controlar funções. Podem comprar.”
Ia nos poupar do Tim Cook nos cozinhando em banho maria.