Tá tudo 8 ou 80. Ou rola intolerância gratuita ou amor em demasia.
Guerra declarada ou irmandade efusiva.
Tudo é muito exposto, tudo tem que ser compartilhado, confirmado, escancarado.
Veneno camuflado de opinião, mãos dadas por estarem atadas,
abraços perdidos, elogios rasos, falsos sorrisos...
Nem sempre as coisas são como parecem ser
Talvez sejam exatamente o oposto daquilo que se vê.
Grita-se muito alto para dar voz à uma agressão
Muitas vezes disfarçada de liberdade de expressão
E quem se cala é tido como excluído ou reprimido
Mas o silêncio nem sempre é fruto da covardia
Às vezes é recolhimento, introspecção e até sabedoria.
De quem já não se atrai pelo superficial
De quem já não se satisfaz com a ignorância
De quem já não quer manter por perto o que sente que não é sincero
De quem já não se deixa levar pelo que não tem nada a acrescentar...
Nesse mundo de tantos extremos, prefiro manter a distância, me calar, me proteger e me poupar.
Se o mundo parece perturbador lá fora, fecho as portas, escuto a minha razão e acalmo o coração.
Porque no fim é só isso que resta e ninguém consegue doar, tirar ou
compartilhar:
o que a gente acredita, o que a gente sente e o que a
gente realmente é.
_Beatriz Zanzini
Boa tarde!
Anny